Eu e as Coisas!

18.1.17


Faz hoje cinco dias que estava radiante a partilhar convosco mais um aniversário do Taste of Spotting e depois mergulhei nesta ausência parva...

Na verdade ando um pouco apático (na devida altura talvez venha a falar disso) por isso este artigo está longe de ser a leitura mais aliciante ou merecedora de partilhas.

Não sei se é pela minha sensibilidade exacerbada se é algo que mereça uma preocupação psiquiátrica, mas tenho muita dificuldade em separar-me das "coisas".

Devo ter duzentas canetas que me ofereceram, dezenas de bonés que nunca utilizei, centenas de livros de banda desenhada, etc, etc, etc, ... e mais etc (assim à escala do imenso).

Sinistro!

Claro que não chego ao ponto compulsivo de não conseguir andar entre a confusão das ditas coisas, (até porque faço questão de as ter organizadas) mas confesso que já ocupo dois arrumos e meio, várias (muitas) gavetas e armários.

Cheguei a temer ficar um rubbleaholic, mas vá, o divorcio só não acontece nas coisas que me foram oferecidas, que por qualquer motivo comprei e gostei ou que têm, efetivamente, um valor estimativo que não sou capaz de explicar.

Resumindo, em quase tudo (risos).

Por exemplo, há uns anos, sofri um roubo dentro de casa e levaram-me todos os bons relógios que tinha... Todos (malditos!).

Ainda hoje tenho no closet as caixas vazias, sei lá, não vão eles decidir voltar para casa.

Candeeiros, cortinas, vasos, molduras, quadros (imensos quadros) e muito mais fazem igualmente parte deste espólio decorativo "sem utilidade".

Já sei que muitos de vocês vão pensar "olha o tonto não tem que fazer o dinheiro, ai se tivesse a ver se ele comprava ..."

Mas tenho (oooh) e depois, algumas das coisas foram oferecidas, só que tu não leste porque estás mais preocupado em me apontar o dedo.

Mas sim, também compro muitas e daí?

No final, continuo a querer coisas, que à velocidade que entram em casa (para ficar) empurram outras coisas para o aglomerado.

Mudar de casa para uma maior já não pode ser (mudei em Junho do ano passado), pedir arrumos emprestados também não (que além dos meus dois oficiais, ainda tenho coisas nos arrumos da minha mãe, do meu Pai e até da minha tia), e deixar de comprar não promove a circulação da economia (Francisco, as desculpas que tu encontras!).

Volta e meia lá ganho coragem e até despacho umas coisas pelo OLX, mas o stock é tão extenso que não está a resultar.

Eu que acho que a culpa é delas (das coisas) que me enquanto estou a dormir me sussurram o papel insubstituível que representam.

Graçolas à parte, está de lado o transtorno psíquico (era o que tu querias, toma lá!) simplesmente tenho uma ligação com as coisas realmente forte, umas mais que outras e este é um desabafo, válido como qualquer outro.

FranciscoVilhena

Fotografia de autoria Things Organized Neatly

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