Não existem palavras certas que descrevam momentos incertos...
A angústia toma conta da lucidez e turva o que parece ser um comportamento aceitável ou racionalmente lógico.
O coração fica em pedaços e o AMO-TE deixa de ser suficiente para o que quer que seja (desculpa!).
Há quem diga que não vivemos sem Amor ainda que o oxigénio continue a ser das coisas que nos mantém, realmente vivos...
A vida é isto mesmo, uma etapa, e se há quem permaneça connosco de mão dada, também há quem decida seguir o seu próprio caminho rumo à Felicidade, mesmo que isso não nos englobe...
Faz parte e aceitarmos isso (como se fosse possÃvel a conformação de algo tão cortante) é igualmente sinal de que estamos a seguir em frente...
E no final, entre as palavras que me custam a sair e alguma aparente demência de coerência, dou comigo abraçado a esta enorme fragilidade, caracterÃstica de quem perdeu o chão.
Não perdi, mas também sei que o meu teto deixou de ser o mesmo.
As únicas (e aborrecidas) resistentes, são as lágrimas, que insistem em manter este compromisso fiel com as faces do meu rosto.
Chorar, outra das reações que nos "desvirtua" da imagem de "eu sou forte", demonstrando o que tentamos disfarçar "eu estou bem!".
Claro que não estou, porra!!!
Lá chegarei, depois de questionar duzentas vezes onde errei e me culpabilizar de ter perdido quem não devia (sim, fui eu!).
Resistências à parte, partilho que agora é altura de um recomeço, sem perguntas (não as façam, peço-vos!) nem respostas que me comprometam à dolorosa lembrança...
Dispenso o "foi melhor assim" ou o cliché "o tempo cura tudo" até porque mesmo esse tal de tempo, leva demasiado tempo!
Altura de cair e tornar a levantar na companhia de quem ainda permanece naquele que, para mim, é o lugar certo.
Sem mágoas ou ressentimentos, no sentido que só a vida sabe levar.
FranciscoVilhena