Até que ponto, em nome da 'cultura' de um país, devemos aceitar, de braços no ar, e com um sorriso estampado, a tortura e a morte de um animal indefeso?
Há muito que faço, a mim mesmo, esta pergunta, e não encontro qualquer resposta....
Crendices seculares, tradição, herança cultural, ou simples desfile cruel e venal, a verdade é que a tourada representa uma das facetas mais sombrias, da natureza humana.
Estes espetáculos, bárbaros, não são mais do que uma reminescência da Idade Média.
Ainda assim, os mesmos continuam a existir, devido aos poderosos lobbies que os apoiam, e que mantêm este negócio sangrento, por puro lucro, à custa da tortura, sofrimento, e morte dos touros...
Não interessa se eles podem raciocinar; não interessa se eles podem falar; o que interessa é se podem Sofrer. (Jeremy Bentham)
Há ainda quem defenda, (como é possível?!), que se não fossem os toureiros, já não existiam touros, dada a extinção da raça tourina brava.
Esta afirmação está no mesmo patamar de raciocínio de que quem defendia as vítimas de tortura, era o torcionário.
Mas se queremos manter as tradições, voltemos à Inquisição, e à morte na fogueira, voltemos ao Circo Romano, onde os cristãos cantavam, sem temor, enquanto aguardavam a morte.
As touradas nunca deveriam ter sido criadas, (ponto), muito menos deveriam ter sido mantidas, mas definitivamente, urge que tenham um final ruinoso.
É inevitável reconhecer a fraqueza que as touradas representam, para qualquer povo, que vai ter de reconhecer, um dia, que errou profundamente, e durante centenas de anos, ao manter uma tradição que nos rebaixa e vexa sobremaneira.
Estas imagens, para muitos, (mais do que deveriam ser), são perfeitamente 'normais'...
E se trocarmos o 'anfitrião involuntário'?
Se fosse um de nós, a ser toureado, será que mudava alguma coisa?
Afinal, quem são os irracionais?
_____________________________________________
ATENÇÃO
Este Artigo pode conter imagens chocantes
Possui a minha própria visão, e não respeita o princípio da imparcialidade
