As pessoas ... E as festas
18.9.14
Existem dois tipos de pessoas: as que vão a festas ... E as que trabalham.
Eu sou das que trabalham (risos).
Pois é, estamos oficialmente invadidos por pessoas que parece que não têm tempo para mais nada, andar de evento em evento consegue preencher toda uma agenda!
Não tenho porque esconder que também já passei por essa fase (é verdade) mas depois amadurecemos e percebemos que a vida vai muito além disto.
Entre o que vestir e com quem ir, os habituais atropelamentos pelas fotografias e as dezenas de publicações nas redes sociais, acho que só falta a remuneração mensal.
As pessoas munem-se das centenas de fotos tiradas aqui e ali e depois não percebem que são meramente conhecidas pelos eventos que frequentam e não pelo que são.
Será que não existe uma essência por trás do salto alto?
Está aí alguém atrás desse laço?
Ter reconhecimento pelos sítios onde vamos é muito diferente de sermos reconhecidos pelo que somos.
Ninguém sabe bem o que fazem ou de onde vêm, apenas o cabeleireiro que frequentam e as marcas que vestem.
E depois, enquanto acham que estão no auge do seu cor de rosa, não percebem que são motivo de conversa pelos motivos mais caricatos.
É importante perceber que os eventos existem mas que devemos moderar aos que vamos e porquê que vamos e isto, aplica-se até a mim.
À parte dos relações públicas e cuja profissão passa mesmo por aqui, devemos concentrar-nos nos eventos de cariz social (nunca são demais), aqueles que profissionalmente nos importam ou mesmo pela amizade de quem convida ...
Tudo o resto, são peanuts.
Encher os murais de festas só demonstra uma certa inversão de valores, por aquilo que realmente importa ... Digo eu.
A imagem vazia não enche o ego a ninguém e de pouco ou nada serve estar atrás de um ecrã a colocar centenas de álbuns de festas e olhar para o lado e não ter um amigo verdadeiro.
É que as festas ... terminam e depois como fica o dito 'conto de fadas'?
FranciscoVilhena
Fotografia retirada de Moda à Porter
modaaporter.wordpress.com
0 comentários