Happy Birthday, Mom

12.3.17

Surpreender alguém nem sempre é tão fácil quanto parece e na altura das decisões, as indecisões pesam sempre mais.

Assim foi neste aniversário da minha mãe, a quem tento sempre trocar as voltas para (de uma maneira ou de outra) dar-lhe o sorriso que merece.

Nem sempre estamos de acordo (faz parte do conflito de gerações, risos) mas tenho consciência do valor que representa.

Já me tinha abordado para jantarmos, ficou de falar com uma das minhas tias e com o meu irmão mais velho...

Por momentos soou-me tudo demasiadamente cliché, este ano queria mais!

Não chegou a referir mais ninguém, por achar que era só mais um aniversário e receava estar a aborrecer as pessoas (alguma vez?!). 

Peguei no telemóvel e liguei para a minha tia Marina e logo depois para o meu irmão Tiago, que foram dos primeiros involuntários cúmplices...

A ideia seria desmarcarem-se de qualquer convite que pudesse vir a ser feito, o que foi quase possível, mas a minha tia já tinha dito, antes desta minha ideia, que podiam contar com ela.

Já o meu irmão conseguiu enganá-la lindamente "vou estar na moda Lisboa a trabalhar"... 

O passo seguinte foi reunir alguns elementos de família, para um jantar surpresa, sexta-feira, dia 10 de Março.

Mensagens trocadas, pormenores alinhados, ementa elaborada e lista de compras feita, estava tudo encaminhado...

Chegamos ao dia e a minha mãe estava preparada para um jantar a quatro.

O Pedro tinha passado a madrugada anterior na cozinha a fazer o bolo de aniversário e não só, e a tarde toda a deixar tudo irrepreensível.

Mas o plano (para a minha mãe) era um jantar, fora, num "restaurante muito bonito". 

Fui buscar a amiga Fátima e voltei para me arranjar, a prima Graça já estava a estacionar e trazia o meu irmão...

Foi tudo feito com tempo suficiente para nada correr mal ainda assim, o trânsito parecia estar a complicar a vida à minha Tia Nilza e a pontualidade da minha mãe virava uma pedra no sapato, estava mesmo a chegar...

"O restaurante é na baixa", adiantei, "a mesa está atrasada e o senhor diz que não têm champanhe... Podes comprar uma garrafa, ou de espumante?"... 

Ficou chateada, senti pelo respirar da voz "para quatro pessoas é mesmo preciso?" ... 

Meio contrariada mas lá foi e isso deu-nos o tempo necessário para nos reunirmos todos cá em casa.

Agora era preciso fazê-la subir, quando chegasse, sabia que ia esperar que eu descesse para irmos para o restaurante sem mais demoras... "Tia, diz que precisas de vir ao quarto de banho" (que confusão).

Subiu, estava linda (Obrigado Pedro Azevedo) e pedi que aguardasse na sala de estar, onde todos esperavam para entoar os Parabéns.

Se correu como esperava?

Superou.










Reforçados Parabéns, Mammy.


FranciscoVilhena







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