Não vinha aqui desde o ano passado e dito isto desta forma, parece que passou tempo demais, mas considerando que hoje é dia 7 de Janeiro, acho que isso do "ano passado" já nem parece tão distante assim.

Ano Novo, vida nova, daquelas frases mais clichés que ouvimos (e repetimos) ano após ano, após ano, após ano, (boring).

Além das 12 promessas que fiz em ritmo apressado (engasgo-me sempre entre a contagem, o que já pedi e o que ainda tenho direito) este 2018 não começou com o brilho que eu esperava.

Podia estar numa viagem qualquer, ou a trabalhar (assumo, até o trabalho consegue ser bem mais apaixonante que este repouso forçado) mas confesso, não tenho variado muito no mapa geográfico, que me leva do quarto à sala de estar.

Quer dizer, às vezes também me leva ao quarto de banho ou à cozinha.

Depois deste momento em que tentei ser engraçado (já sei, correu mal, cala-te) retomemos.

Rebuçados para a tosse (toneladas de rebuçados, credo!), milhões de lenços de papel (que me desculpem a falta de sensibilidade ecológica do momento), termómetro digital, medicamentos variados (deve ser para colorir os sabores amargos), a manta, os cães, mimo (o mimo é essencial) e chá de gengibre, mel e limão (funciona!) têm sido a companhia desde a primeira noite deste novo ano.

Com esta assiduidade debilitada de saúde, quero acreditar que este ano não vou ficar doente mais nenhuma vez, arrumei com todos os vírus seguidos!

Não escondo que nestes dias, o discernimento andou meio turvado, por isso qualquer disparate, posso culpar o rasto da febre, que felizmente chegou aos 37,3. 

Talvez decida partilhar convosco as peripécias destes últimos dias de cama, quando a saúde (e a paciência) estiverem de novo no seu auge.

Hoje, quase uma semana depois de me ter abraçado com mil e um diagnósticos, ter sido medicado e remedicado, não vejo a hora de poder sair de casa e viver o "meu" novo ano...

Aceitam um chá?

FranciscoVilhena

Fotografia retirada do motor de pesquisa Google