Pensei, seriamente, se devia ou não expressar a minha opinião em relação ao novo desafio de Cláudia Jacques, até porque sou um assumido aficionado por tudo aquilo que ela representa e a minha opinião poderia ser considerada suspeita.
Ou não.
Vou remeter-me a uma visão coesa, alheia à amizade.
A ideia de fazer um álbum surgiu em 2012, após um encontro do produtor Ricardo Soares com Cláudia Jacques, durante a gravação de um spot comercial.
Para Cláudia tratava-se de um grande desafio, já que não é cantora mas, assumido esse fator e com o apoio e o treino necessário, aceitou e começou o intenso trabalho de preparação.
Sei que há pessoas que dizem: " Ela não tinha necessidade disto!". Todos são livres de pensar o que quiserem. E todos são livres de fazerem o que quiserem, desde que não façam mal a ninguém, certo?
Eu tenho-me pautado por aceitar desafios, por sair da minha zona de conforto e experimentar coisas novas, por viver intensamente e de uma forma leve, alegre e positiva. Apesar de gostar de aventuras e experimentar novos desafios, porque me fazem crescer e desenvolver, porque me estimulam e me despertam, não os faço à toa! Penso sempre onde me vou meter, com quem e quais serão as consequências boas e más.
Boas e más, ponto.
Dita a gíria que 'quem anda a chuva molha-se' mas felizmente, existem os chapéus de chuva.
Os temas musicais foram sendo compostos pelo produtor e pelo músico André Areias e as letras, foram escritas para cada tema à medida que iam surgindo: cinco são da autoria da própria Cláudia Jacques, quatro da autoria de Sérgio Figueira (que se juntou inicialmente ao projeto com a responsabilidade da comunicação) e um em co-autoria de ambos.
Onde não há cumplicidade, também não existe amor e amor foi algo que não faltou.
Sem nenhum investimento que não a junção de cumplicidades em que cada um deu o que sabia fazer, nasceu o Cumplicidades
Uma satisfatória sinergia entre Ricardo Soares (que além da sua produtora é musico, baterista da banda Lulla Bye - página oficial), André Areias (musico, professor, pertence aos Perfume) e por último Tomi das Vozes da Rádio, excelente profissional nesta área e também ele professor.
Eu não sei cantar e por isso não canto, interpreto ... aventurei-me a escrever as letras. O Tomi orientou-me com a voz no estúdio e gravei muitas vezes até acharmos que estava bem. Quanto a gostarem das melodias das musicas, ou não, das letras e da minha voz é um direito de quem ouve.
O poder das pessoas está relacionado com o grau de cumplicidade que elas têm em relação às suas próprias ideias, sem abrir mão do risco de cometer erros.
Sem pretensões de coisa nenhuma, Cumplicidades não está a prejudicar ninguém nem a roubar o lugar de músicos e cantores. Não vamos dar concertos nem vamos fazer uma carreira musical que possa competir com alguém.
Citando Sócrates, uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida ... E não vale mesmo.
Nunca a frase falem bem ou falem mal, mas falem de mim fez tanto sentido para mim.
Melhor ou pior, quem gosta viu e partilhou mas quem não gosta, viu também.
Os meus Parabéns Cláudia.
FranciscoVilhena
Álbum interpretado por Cláudia Jacques
Produção: Soundtrap (Ricardo Soares)
Autoria musical: Ricardo Soares e André Areias
Letras: Cláudia Jacques e Sérgio Figueira.
Edição: VIDISCO
