A Febre dos Globos de Ouro
19.5.14
Prestes a ditar uma sentença social (risos) de que serve o meu blog se não for para expressar a minha opinião?
Então cá vai.
Depois de uma noite de Globos de Ouro (e apesar de, habitualmente, não ser crítico em relação a esta Gala) este ano a situação muda.
Não vou falar dos mil e um vestidos emprestados, até porque acredito que os mesmos representem um ganho de parte a parte e honestamente, nada que não aconteça (por exemplo) no Festival de Cannes, mas de tantas outras coisas, que não são novidade, mas que desta, vez foram notoriamente mais evidentes.
Quero porém, salvaguardar aqueles que estou seguro serem presença habitual (arrisco-me 'obrigatória') e cuja postura parabenizo, dos mais famosos aos menos famosos mas que contribuem para a circulação económica.
As fotografias dos convites (apesar de clichés, eu próprio também já passei por essa fase) ainda variam na forma como são tiradas, até porque agora existem inúmeros filtros e aplicações (risos)
Começo, por isso, pelo desfecho do convite de Teresa Guilherme, convidada oficialmente e 'desconvidada' do mesmo jeito.
Como?
Gostando mais ou gostando menos, se 'desconvidam' uma pessoa com a conotação social da Teresa Guilherme, não vejo o sentido de não o fazerem com tantas outras pessoas mas ... isso agora não interessa nada.
Numa faixa etária menor, temos os jovens (cujo deslumbramento é perfeitamente aceitável e até faz parte) e que desatam a tirar mil e uma fotos com todos os famosos que conseguem apanhar. Depois, identificam as suas páginas oficiais de fãs e ganham um pedaço de céu, dentro do seu círculo de amigos.
Nada contra!
Os desocupados, ou desempregados ou mesmo desenquadrados, que conseguem entrar sabe-se lá como, mas que também vão.
Podem até ficar a sopa uma semana, mas a sede de aparecer, essa, matam-na como ninguém.
Mas também temos o oposto ...
Deixem-me que vos fale do negócio dos convites. Sim, porque por incrível que possa parecer (pasmem) existe quem os venda ... porque existe quem os compre (simples)
Uma espécie de OLX, venda o que não precisa para ter o dinheiro que lhe faz falta.
As amigas (e as falsas amigas) que sorriem umas para as outras, quando nas costas das mesmas é um 'nem te digo, nem te conto'.
Os nomeados, que não aparecem, e os convidados que falam de tudo nas redes sociais menos dos nomeados.
Em relação à 'brincadeira' com a pronúncia do Norte, devo dizer que acredito que tenha sido isso mesmo.
Tenho uma opinião bastante sólida, em relação ao 'nosso' regionalismo, e o Porto vai muito além da forma como alguns (não todos) falam.
Ficamos a saber quem vestiu quem, quem penteou quem, mas falar daquilo que é o mote deste evento (relembro aos mais desatentos, prémios atribuídos anualmente em Portugal desde 1996 pela estação de televisão SIC e pela revista Caras, que premeiam várias áreas da arte e entretenimento no país, desde o Teatro ao Desporto, passando pelo Cinema, Moda e Música) isso não acontece.
Apesar de ter sido convidado como par de amigos e amigas, ainda ponderei (assumo) mas começo a ficar assustado com esta febre dos Globos de Ouro.
Gosto muito do meu País e tenho a arrogância de assumir que tenho orgulho nos nomeados, só fico triste (não escondo) que se pareça viver numa estereotipada filosofia de fábula cor de rosa, em que é tudo é bonito, mas só para o faz de conta.
As pessoas devem (claro) divertir-se, sorrir e aproveitar cada momento que lhes faça bem ... desde que não façam disso um circo.
Não pretendo que sejamos mais que ninguém mas que não fiquemos por tão pouco.
Acaba por ser mais ou menos normal o querer saber quem vestiu o quê, como foram as amigas e também as inimigas (risos), faz parte.
Mas gostaria bem mais de saber a opinião sobre cada nomeado, afinal de contas, as estrelas da noite, são mesmo eles!
FranciscoVilhena
2 comentários
Gostei fRANCISCO.
ResponderEliminarContinua assim.
um admirador teu.
Adorei a sinceridade e frontalidade tão evidentes nestas palavras.
ResponderEliminarOs meus parabéns pela coragem e pela forma como enfrentas um pseudo Jet7.