As 50 Sombras de Grey ...
14.2.15
Estive sem computador até hoje (o que me causou imenso desconforto) afinal de contas, vocês deixam-me saudades.
Mas hoje estou de volta e com um assunto que (aparentemente) virou motivo de conversa.
O filme "As 50 Sombras de Grey" estreou esta quinta-feira em Portugal e eu ... fui assistir.
Confesso que depois das inúmeras críticas que li (e ouvi) tentei demover o convite do meu melhor amigo para vermos o filme, mas ele lá me convenceu e ao contrário dele, não estou nada arrependido.
Baseado no primeiro livro da trilogia de Erika Leonard James (que assumo, não li) despertou a atenção de uma forma quase inexplicável, não estivessem os bilhetes (em todos os centros comerciais pelo país) completamente esgotados!
Sentamos-nos na sala, e antes do filme começar, o burburinho habitual preenchia o espaço, ao mesmo tempo que os gritos desajustadamente histéricos de um grupo de amigas, gerava imenso desconforto.
Pensei que terminassem, quando o filme começasse, mas a verdade foi que de vez em quando, uma delas lá fazia um comentário crítico em 'alta voz' (que rica especialista me saiu, risos).
"Shiiiiu, que desespero, credo ... O filme vai começar", gritei ...
Sabem, não concordo nada com as observações que têm sido feitas pelos opinion makers de outros blogues e afins.
Não sou especialista em cinema (e longe de mim esperar que a minha opinião prevaleça perante as outras) mas por favor, o filme consegue desenrolar um “best-seller” com vendas mundiais na casa dos 100 milhões de exemplares (supostamente “escandaloso” e “ousado”) sobre uma relação sadomasoquista de dominação e submissão entre Christian Grey, um jovem e solitário multimilionário, e Anastasia Steele, uma tímida universitária de literatura.
Sim, tem efetivamente cenas mais atrevidas, mas nada de escandaloso, levando em consideração o enredo do livro.
Talvez por ser um eterno romântico (ou talvez por ser mesmo essa a verdadeira essência que se pretendia transmitir) com pouca perspicácia, conseguimos dar por nós a pensar até onde somos capazes de ir, por amor ...
Até onde somos capazes de nos moldar, para conseguirmos estar próximos da pessoa que gostamos.
Pois não sei, o que sei é que considero este filme uma agradável surpresa, porque é muito mais que as cenas (pouco explícitas de sexo) ou das relações submissas que o livro nos trás, é muito mais que um mero desenrolar de cenas de sexo e ousadias sem limites.
É um filme que envolve emoções, desejos, segredos, cedências, lutas, inseguranças, romance ...
Que acima de tudo envolve duas pessoas, que à sua maneira, gostam uma da outra e lutam pela sua união.
Quanto ao final, bem ... Fica para quem ainda não assistiu.
FranciscoVilhena
0 comentários