A Teoria de Tudo

16.2.15


Depois de tanto tempo sem ir ao cinema, esta semana tive direito a desforra e vou já no meu segundo filme.

A continuar com este ritmo, talvez vá a tempo de me iniciar como cineasta ... Ou não (risos).

O convite partiu da minha mãe e já se arrastava quase desde a estreia, 29 de Janeiro.

Hoje foi o dia!

Depois de um jantar divertido, o destino foi a sala de cinema.

Uma viagem até 1963, altura em que Stephen Hawking (estudante de cosmologia da Universidade de Cambrige) consegue inacreditáveis avanços, na sua determinação de encontrar uma simples, eloquente explicação para o Universo.

O típico 'nerd': tímido, desajeitado, aparentemente pouco social, concentrado nos livros e em equações, que entretanto se apaixona por Jane Wilde, uma estudante de artes da mesma universidade.




Uma história que segue um rumo de felicidade em todos os sentidos, até ao momento em que (aos 21 anos) Stephen recebe um inesperado diagnóstico que inverte todo o sentido da sua vida: sofre de esclerose lateral amiotrófica.

Uma doença que passa pela degeneração dos neurónios motores, que afeta os membros, as capacidades do doente, deixando-o com limitações de fala e movimento.

Com uma esperança de vida dada pelo médico de dois anos, todo o seu percurso, a partir desse mesmo instante, se altera.


Tudo na cabeça de Stephen passa a correr, a vida começa a escapar-lhe e sentimos a sua determinação em viver intensamente até ao último suspiro.

Baseado na obra de Jane Wilde (a primeira mulher de Stephen) o realizador James Marsh consegue descrever todos os acontecimentos de uma forma fascinante, arrepiante, ao mesmo tempo, o que faz deste filme uma biografia realmente fiel, sem exageros ou necessidade de recorrer a detalhes que nunca existiram.

Confesso que mordi os lábios várias vezes, para segurar as lágrimas, primeiro porque sou assumidamente muito emotivo, segundo porque realmente o filme nos leva a isso.

Damos por nós a sentir e a viver algo que realmente aconteceu, dos pormenores mais comuns aos mais importantes ...

Acompanhar o processo degenerativo e a regressão de um jovem brilhante, faz arder os olhos até aos mais insensíveis.

Depois temos o lado das borboletas, que nos preenchem o estômago, com a história de amor vivido por  ambos: intensa, pura, verdadeira ... Feliz!

Merece, claramente, estar na corrida para os cinco óscares para os quais foi nomeado.

Quanto ao final, já sabem, fica para vocês assistirem.


FranciscoVilhena

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