Dora ... e a notícia da Batata Frita
20.2.14
A imprensa não segue uma linha de tendências, de forma a que as notícias, nem sempre estejam de acordo com as estações emotivas de cada um.
Hoje o assunto do dia prende-se com a cantora Dora.
Singrou no Festival da Canção de 1986 com a interpretação do tema Não Sejas Mau Para Mim e depressa se descobriu o seu potencial.
Depois de representar Portugal em Bergen, na Noruega, onde ficou classificada em 14º lugar, lança os temas Easy/Seventeen e Our Love, e em Julho de 1987 lança o single Já Dei.
Na verdade não ficou por aqui, mas creio ser já mais que suficiente, para recordar algumas cabeças ocas, o orgulho que promoveu entre os Portugueses.
Infelizmente (e como acontece com quase todos os artistas nacionais) viver daquilo que mais se gosta (e se tem vocação) , nem sempre é possível.
Foi o caso.
Dora (que regressou aos holofotes em 2012) depois de muito tempo ausente, como concorrente do programa «A Tua Cara Não Me É Estranha», foi descoberta pelo jornal Correio da Manhã a trabalhar num restaurante McDonald`s, em Lisboa.
Com 47 anos, aceitou um trabalho (DIGNO) por não receber convites na área musical.
Para mim, vergonha não é trabalhar, mas sim viver do faz de conta, com o síndrome do Peter Pan.
É habitual vermos esta ou aquela pessoa mais conhecida vangloriar-se pelos vestidos (emprestados) pelo carro (cedido) ou o telemóvel (oferecido).
Dora arregaçou as mangas, mostrou ser uma lutadora e desculpem-me (acabei de me levantar da cadeira) para a aplaudir uma vez mais e dizer: tenho orgulho em ti!
Entendo que nenhuma profissão é mais importante que outra.
Chegar a casa, depois de um dia extremamente exaustivo (entre o treino às 7:30 da manhã e o trabalho) ter tudo tão arrumado e cheiroso, foi maravilhoso!!
A importância dos empregos varia consoante as necessidades.
Ninguém é mais importante que ninguém, seja no hospital ou na caixa do MacDonalds.
Para mim, a minha empregada é uma Estrela ... e a Dora é uma Estrela também.
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