#POR Salvador
10.5.17
Começou ontem o Festival Eurovisão e sete anos depois, estamos de volta.
Com o tema “Amar Pelos Dois”, Salvador Sobral qualificou-se para a final e foi notória a clara divergência de estilo face às outras atuações.
Dispensou os decotes (realmente não o favoreciam, risos) e mandou as coreografias "dar uma curva".
Claro que as reações rapidamente se fizeram sentir, das mais às menos fundamentadas.
Ali estava Portugal, tão bem representado (deixem-se de coisas!) e dita o meu orgulho que torça por uma vitória.
Ser do contra não faria de mim irreverente ou de opinião fundamentada em argumentos díspares, mas inconsistente.
Este é o meu País, esta é a minha representação (a tua, acorda!).
Todo um pavilhão a gritar e a sorrir por uma música nossa, não dignifica apenas o cantor ... dignifica-nos a todos nós, portugueses.
18 canções, duas línguas uma das quais a nossa!
Com mais ou menos patriotismo, falar e cantar em português perante o notório entusiasmo de todos os presentes, reforço, só merece reconhecimento.
É triste mas a realidade é que somos negativos.
Podíamos ficar contentes pela participação portuguesa no Festival, mas não era a mesma coisa.
Conseguimos ser medíocres, desprovidos de qualquer orgulho a troco da "melhor graçola".
A música, o cantor, os gestos, tudo foi alvo de chacota, que é o que acontece, quando não temos capacidade de uma crítica construtiva ou fundamentada.
Talvez se ele levasse umas chuteiras e uma bola de futebol o cenário fosse diferente (pronto, está dito!).
É claro que não se espera que todos gostem da música ou da letra, ou mesmo que assistam ao festival em si de forma apaixonada, é um direito vosso, e se não se sentirem orgulhosos nem reconhecidos, o meu coração pode amar pelos dois.
Mas não destilem aquilo que não sabem da forma que não são capazes.
Salvador, Obrigado.
FranciscoVilhena
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