O Sonho da Música, Até já

29.3.15


Estou seguro, este mês de Março foi dedicado aos musicais ... ou a um, em particular.

O Sonho da Música conquistou-me logo na estreia* e a prova disso mesmo é que me fez regressar mais três vezes.

Exagero?

Não, de todo.

Aliás, tenho que vos dizer, tenho pena de não ter ido muitas mais.

Pode parecer estranho, à primeira vista é quase como assistir ao mesmo filme mais que uma vez mas no teatro ... no teatro a magia muda.

A cada novo espetáculo, sentimos arrepios diferentes, reparamos em pormenores que até então nos tinham passado despercebidos, mesmo com a certeza de estarmos focados e concentrados.

Ganhei uma inexplicável empatia com cada uma das personagens, no fundo, quase deu vontade de as trazer comigo para casa.

Da alegre e meiga Violeta (Andreia Valles), do desajeitado Samuel (Luís Manhíta), do sonhador Ângelo (Bernardo Lima), do engatatão Elvis Presley (Bruno Vieira), do divertido Freddie Mercury (André Lourenço) da tão lindíssima e ternurenta Marilyn Monroe (Jessica Tavares) e da arrepiante voz da Monserrat Caballé (Isabelle Furtado).

Chegamos em cima da hora (oh Francisco, que novidade) e mesmo antes do musical começar, já falava descontroladamente, mais depressa que aquilo que pensava, atropelava-me, levantava-me e sentava-me de forma inquieta e quase perturbante, estava em pulgas, que orgulho ...

Fui sempre na companhia de amigos diferentes e acho que isso possa ter influenciado, de alguma forma, as minhas sensações, não sei, o que sei é que gostei sempre mais, no próximo mais que no anterior, hoje, mais do que todos os outros.

Sim, hoje o último musical foi notoriamente diferente.

As cenas mudaram ligeiramente, existiram falas e graçolas novas, a interação dos atores foi completamente envolvente, com eles a saírem do palco ...

Tudo foi novo, até a força com que mordi os lábios ...

Hoje não me contive e chorei três vezes ... mais que de todas as outras.

De um lado para o outro da cadeira, chorei, sorri, ri alto, cúmplice da alegria que foi vê-los e ao mesmo tempo despedir-me ...

Acho que nunca fui muito bom a despedir-me, fica a saudade daquilo que vai embora sem levar tudo aquilo que lhes pertencia.

No final de tudo isto, bem, tenho que fazer a minha maior crítica: que triste é o nosso Porto, aquela que é conhecida como a cidade invicta, não ter dado o merecido reconhecimento a este elenco de luxo, a este grupo de jovens sonhadores e lutadores, que fazem do mundo do espétaculo, uma verdadeira fantasia.

Que Orgulho tive neste musical ... Parabéns.

FranciscoVilhena




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